(Texto extraído do livro
"Cronologia Tieteense", do próprio Benedicto Pires de Almeida)
Filho
de Osório Pires de Almeida e de D. Ana Cândida de Campos, Bendicto Pires de
Almeida (que mais tarde tornou-se conhecido pelo apelido de Zico Pires), nasceu
na cidade de Tietê, na Rua Rafael de Campos, além do cemitério, no dia 21 de
março de 1903.
Casou-se
em 2 de dezembro de 1925 com D. Danuzia de Santis, filha de Amantino de Santis
e de D. Filomena Parodi de Santis, tendo cinco filhos:
Benedito, Osório, Amantino, José e Maria Terezinha.
Fez o
curso primário no Grupo Escolar Luiz Antunes, em Tietê, de 1910 a 1914. Fez preparatórios
para a Escola Normal de Botucatu com o Prof. João Marques Filho e no Externato
Tietê, do Dr. Luiz Augusto de Campos, não ingressando, no entanto, em nenhuma
delas. Tornou-se, entretanto, um ávido leitor, lia tudo
o que lhe chegava às mãos e transformou-se num autodidata. Formou uma imensa e
variada biblioteca particular, que atingiu as dimensões de cerca de 7 mil
volumes, 300 coleções de jornais e 3.500 fotografias de interesse histórico.
Terminado
o curso primário, em 1915 foi trabalhar no comércio e em 1917 passou a trabalhar
na Prefeitura Municipal. Foi nomeado escriturário
da Câmara Municipal de Tietê e empossado em 2 de janeiro de 1921, ocupando
sucessivamente os cargos de tesoureiro e secretário da Câmara e da Prefeitura,
aposentando-se como contador, em 31 de dezembro de 1951, após 33 anos, 11 meses
e 24 dias de serviço ao município (tendo ocupado praticamente todos os
cargos existentes: auxiliar de tesouraria, tesoureiro, Secretário da Câmara
Municipal e da Prefeitura, Secretário do Conselho Consultivo Municipal, Sub-secretário
da Câmara Municipal, Prefeito interino, vereador e Presidente da Câmara).
Sócio
da União Brasileira de Escritores, da Associação Brasileira de Folclore, da
Sociedade de Geografia, do Instituto Genealógico Brasileiro, pertence à
Academia Piracicabana de Letras, com assento na cadeira n. 10, patrono
"Luiz Corrêa de Melo"; sócio correspondente dos Institutos
Históricos, de São Paulo, patrono "Francisco Corrêa de Almeida
Moraes", e de Sorocaba. Sócio efetivo e fundador da Academia Paulistana de
História, da cadeira n. 14, que tem como patrono o historiador Nuto Sant’Ana.
Foi
membro da Comissão Paulista de Folclore, em 1950, e recebeu as medalhas
"Imperatriz Leopoldina" e "General Couto de Magalhães"
pelos seus escritos históricos. Recebeu a medalha comemorativa da Revolução de
1932, outorgada pela Assembléia Legislativa de São Paulo, por serviços
prestados ao Movimento Constitucionalista de 1932. Recebeu o diploma de
"Cidadão Benemérito" da cidade de Tietê, outorgado pela Câmara
Municipal.
Iniciou
suas atividades na imprensa local num jornal da mocidade, O Juvenil, há mais de
50 anos, e tem colaborado: na Revista do Arquivo Municipal de São Paulo, em 18-
números; na Revista do Instituto Histórico de São Paulo; no Boletim
Bibliográfico da Biblioteca Mário de Andrade; na Revista Genealógica
Brasileira; em A Gazeta de São Paulo,
vespertino; em O Cruzeiro do Sul, de Sorocaba; nos
jornais A Gazeta de Tietê, em O Democrata e em Nossa Folha , também de Tietê, onde
publicou mais de 500 artigos.
Fundou
e dirigiu os semanários: A Gazeta e O Porvir.
Publicou
os livro A Revolução de 32 em Tietê e a Cronologia Tieteense, fatos registrados
de 1783 a 1973, obra em dois
volumes.
Foi
prefeito municipal de Tietê em setembro de 1940, e depois prefeito por espaço
de 9 meses, de 22 de março a'31 de dezembro de 1947. Foi o último prefeito do
período ditatorial do Brasil. Vereador e presidente da Câmara Municipal de
Tietê, de 1964 a 1969.
Como
político exerceu suas atividades na "República velha" no PRP e depois
no PSP e, atualmente (1979), membro da ARENA e do seu diretório executivo.
Foi
secretário de inúmeras sociedades locais, do Rotary Clube e do Lions Clube.
Funcionário municipal aposentou-se no dia 31 de dezembro de 1951.
Recebeu
as seguintes medalhas e honrarias: Medalha Imperatriz Leopoldina, do Instituto
Histórico e Geográfico de São Paulo; Medalha Brigadeiro José Vieira Couto de
Magalhães, da Sociedade de Geografia de São Paulo; Medalha Comemorativa da
Revolução de 1932, outorgada pela Assembléia Legislativa de São Paulo, por
serviços prestados ao Movimento Constitucionalista, e, Diploma de "Cidadão
Benemérito" e Medalha de Pirapora do Curuçá, ambas da Câmara Municipal de
Tietê.
Autor
de diversos artigos nas Revistas: Genealógica
Brasileira, do Instituto Genealógico; do Arquivo Municipal de São Paulo (15
artigos sobre a história de Tietê); do Instituto Histórico e Geográfico de São
Paulo; e no Boletim Bibliográfico da Biblioteca Mário de Andrade.
Publicou: A
Revolução de 1932 – Contribuição Tieteense – 1970; Marcelo
Tupinambá – Obra Musical de Fernando Lobo – 1993; e Cronologia
Tieteense – de 1783 a 1978 – obra de grande destaque, com 2
volumes e 1424 páginas, 1980. Deixou inéditos: Governos
Municipais de Tietê; Pirapora do Curuçá de nossa guerra e nossa gente; Índice da
legislação municipal; Os Pires Guerreiro – Árvore de Costado; Recordações do
Tietê antigo; e Perfil de Cornélio
Pires.
Faleceu
em 1997.
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